Iurd nega intenção de coagir jornalistas

EDER LUIS SANTANA
eluis@grupoatarde.com.br
21.02.2008


A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) se pronunciou sobre a denúncia de que estaria utilizando o Poder Judiciário para punir os jornais que fizeram reportagens sobre a igreja.

Em nota, a Iurd afirma que “respeita a liberdade de imprensa, os jornalistas e suas entidades representativas, porém, não admite que reportagens sejam usadas para ofensas de outras garantias constitucionais como a dignidade de pessoa humana, o acesso à Justiça, à liberdade de crença e à inviolabilidade de honra”.

A nota se refere às ações iniciadas por fiéis em diferentes locais do País contra veículos de comunicação e jornalistas que publicaram matérias.

Além de A TARDE, foram acionadas a Folha de S. Paulo e o E xtra (RJ).

A Associação Baiana de Imprensa, em nota divulgada ontem, afirma que “essa [as ações impetradas contra jornais e jornalistas], absolutamente, não é a forma correta de reclamação contra possíveis erros cometidos pelos veículos de comunicação social. Antes, a perversa idéia não consegue nem esconder o propósito de causar transtornos à plena liberdade de informação, intimidar jornalistas e tirar o equilíbrio de profissionais que trabalham na imprensa”.

No caso de A TARDE, foram 37 ações, do Acre até o Rio Grande do Sul, após reportagem sobre um fiel da igreja que destruiu uma imagem de 300 anos de São Benedito.